Tuesday, November 16, 2010

Atualizei o Ubuntu e deu PAU!! O que aconteceu?

Existem várias questões relacionadas ao suporte de hardware nos sistemas operacionais mais recentes.

Talvez o mais notável aos usuários comuns é com relação aos dispositivos muito recentes ou "alienígenas", principalment os made in China/Taiwan cujos fabricantes conseguem criar seus drivers para o Windows, mas não para o Linux, apesar deste último ter seu código e documentação abertos a quem se interessar em estudá-lo, inclusive estudantes de Informática e computação.

Algumas poucas vezes tive que compilar drivers para webcams, placas wireless, e outros dispositivos, mas não lembro de nada relacionado a ter problemas com modens ADSL, já que a conexão deve ser mantida pelo próprio equipamento.

Para quem não dispõem de internet em casa, mas precisa atualizar Debian like como o Ubuntu pode dispor do APTonCD http://aptoncd.sourceforge.net/ , um sistema que cria um repositório local para atualização do sistema ou instalação de pacotes em máquinas sem conexão.

Na verdade não há necessidade em se atualizar o Ubuntu a cada seis meses. A Canonical faz isso por determinação do dono da empresa, o Mark Shuttleworth http://www.markshuttleworth.com

Para quem não sabe as versões mais robustas são chamadas LTS (Long Time Support) que contam com um tempo de suporte maior (3 anos) e geralmente são lançadas a cada dois anos no mês de abril, como as versões 8.04 e 10.04. As versões intermediárias são usadas para lançamentos de pacotes mais recentes dos aplicativos que podem ser usados em máquinas de produção, mas contam com um ciclo de vida e suporte menores.

Outras distribuições tem políticas de lançamento diferentes como a Debian, que geralmente adia o lançamento da versão estável apenas quando esta é considerada estável o suficiente, geralmente depois de passar alguns meses, ou anos, cozinhando em forno brando. O Slackware também não tem um prazo definido para lançamento de novas versões, sendo que o anúncio de uma nova "fornada" só é determinada pelo seu criador e principal mantenedor, o Sr. Patrick Volkerding que o faz com mão de ferro.

Algumas, por derivarem distribuições voltadas ao mercado empresarial, como Fedora, Mandriva e OpenSuse, tem metas de lançamento um pouco mais rígidas, fazendo com que muitas vezes suas versões finais deixem a desejar no quesito estabilidade, mas geralmente agradam aos olhos com as mais recentes versões dos pacotes de sistemas aplicativos e servidores de redes.

Mas no final das contas, bem no final, lá pertinho do processador e barramentos de comunicação está o kernel. Ele é o responsável por fazer com que o computador possa ser usado por seus donos e pelos programas instalados no micro, ou na web. De um sistema de pouco mais de 175.000 linhas de código em 1994 para mais de 130.000.000 em 2010 é um salto considerável. De um sistema feito por um aluno como trabalho de conclusão de graduação para um sistema operacional complexo que tem centenas de programadores ao redor do mundo, inclusive alguns trabalhando exclusivamente para isso em grandes empresas como IBM, Intel, AMD, Google, HP, Digital, Novell, etc... é um salto incrível.

Não quero convencer ninguém a usar Linux, apenas quero mostrar como o sistema pode ser interessante em suas mais diversas formas e também que até mesmo os sistemas operacionais podem ser parecidos com alguns aspectos das nossas vidas.

O Linux pode ser alterado por quem tem conhecimento para isso, e mesmo os que não detém tanto conhecimento em programação pode tentar entendê-lo e adaptá-lo para usar da melhor maneira possível. Já o Windows e outros programas fechados não nos dão essa oportunidade e temos que aceitá-los da maneira como são lançados por seus produtores. E alguns ainda acham que usar o Windows super-hiper-ultra-mega-power [7-9] e todos aqueles programas com seus números mais altos de versões sem pagar nada é uma façanha digna.

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